Dores senti, um dia, por não entender
E a amargura dos homens
de mim tomou conta – Oh, Ilusão! –
acreditar que habitava um mundo de homens.
Para esclarecer o indefinível, o norte ou o tênue fio
que une minha existência ao mundo planeta de plantas
De oceanos a um tempo cristal verde e titânica brancura
De ondas que se quebram na praia no ir e vir das marés
Chegas o entendimento que não – Homens! Avantes ao léu –
coabitamos o mesmo terreno, chão, orbe e teto de estrelas.
E subitamente à compreensão, me encontrei perdido
Nu no meio da noite deserta
em meu próprio mundo, árido, e agora
– Sozinho.
Tornei-me um andarilho...
R. Moran
Nos caminhos que traço,
Encontro perspectivas e sombras,
atalhos e encruzilhadas,
trilhas e compassos de dança...
E por aí eu caminho
e a única certeza que resta
é percorrer toda sua extensão.
Sedento, incontinenti, desperto... arquejante.
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