sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Os caminhos que eu mesmo traço...


Dores senti, um dia, por não entender

E a amargura dos homens

de mim tomou conta – Oh, Ilusão! –

acreditar que habitava um mundo de homens.



Para esclarecer o indefinível, o norte ou o tênue fio

que une minha existência ao mundo planeta de plantas

De oceanos a um tempo cristal verde e titânica brancura

De ondas que se quebram na praia no ir e vir das marés

Chegas o entendimento que não – Homens! Avantes ao léu –

coabitamos o mesmo terreno, chão, orbe e teto de estrelas.



E subitamente à compreensão, me encontrei perdido

Nu no meio da noite deserta

em meu próprio mundo, árido, e agora

– Sozinho.

Tornei-me um andarilho...

R. Moran

Nos caminhos que traço,
Encontro perspectivas e sombras,
atalhos e encruzilhadas,
trilhas e compassos de dança...

E por aí eu caminho
e a única certeza que resta
é percorrer toda sua extensão.
Sedento, incontinenti, desperto... arquejante.

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