Canto
(Da série: Coisas a dizer...)
Canto com desvelo teu nome
espalhando notas ao vento
abrigando dentro do peito
o que nem o tempo consome
Canto somente o que não se pode ver
sílabas etéreas, fluidas como ar
Escorregando em denso mar de prata
perpetuando o desejo de amar.
Canto por ser a última tentativa
da nossa extrema vontade bordando
de mãos atadas, juntas e estendidas
– Ah! Minha alma a ti está cativa.
(R. Moran)
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