quinta-feira, 3 de maio de 2012

Divagações nº 2


Divagações nº 2




Que fantasmas existem a assombrar as noites

da vida dos homens tristes e teus desamores

por entre falsas pinturas e retratos incolores?



Que fantasmas caminham ao longo da sombra

daquilo que se tornou ato de dor – desumano

dos corações que fenecem em vil desengano?


O tempo exaure o desejo, seca a alma

extingue o fogo, apaga definitivo a paixão

deixando um rastro de perda e solidão.



Daqueles que não sabem, não podem amar

que de tão secos, ocos, vagos e desunidos

não encontram da existência um sentido.



Por mim, sigo navegante, isento e livre

deste descaminho de pranto e desta dor

pois a mim só resta viver, desvendar o amor.



(R. Moran)
(da série: Coisas a dizer...)
*postado em Foz do Iguaçu; dedicado àquela que sabe que contra tudo e contra todos existe esperança, um sentido...
* todos os direitos reservados ©




2 comentários:

  1. Moran,
    Nem mesmo na inquetação: a dúvida,
    nem mesmo na tristeza: a angústia
    em ambientes sombrios: sua palavra-luz
    reacende a senda: e o caminho seduz.

    Em cada palavra, em cada verso surge a certeza de que o Amor nos salva da loucura de viver em vão e do medo de sofrer, que só alcançam seres pequenos... perdidos em difusa solidão.

    Beijo grande...sempre

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Para mí, solo recorrer los caminõs que tienén corazón...