Em quase sua
totalidade, a humanidade têm duas almas, dois seres habitando o
mesmo espaço interior de uma pessoa, porque assim acreditam.
Acreditam terem duas partes contrapostas e muitas vezes hostis: o
divino e o diabólico, o sagrado e o profano, o claro e o escuro, o
sangue Pater e o sangue Mater, o amor e o ódio, o bem
e o mal, o bom e o mau. Este mundo que se vê é o mundo
da relatividade, do tempo, das dualidades em caótica mistura. Está
longe de ser substancial. Muitos dos próprios conceitos definidos
pelos homens são mais abstratos do que o Amor. Se digo “abaixo”
ou “acima”, isso já é motivo de reflexão, pois só pode
existir tais conceitos no pensamento, na abstração. O mundo
verdadeiramente desconhece o que é “abaixo” ou “acima”,
posto que está como nave deste imenso Universo, onde não faz nenhum
sentido dizer o que está lá em cima ou o que está aqui em baixo
para ele. Da mesma forma que o mundo diz que parte
dele é dia e a outra metade é noite. Mas o universo desconhece
isso, pois sabe que o claro e o escuro são frutos da mesma estrela,
da mesma unidade de luz, ora iluminando, ora fazendo sombras.
O
Mundo Real é aquele que ultrapassa o tempo, que unifica, é o
Absoluto, é Deus, o infinito, o ilimitado, o incondicionado, onde o
tudo é nada e o nada... Tudo! Este pobre mundo é o mundo das formas
e da multiplicidade, criação ilusória da mente. É o maya
dos hindus. Todas as pessoas que habitam este limitado mundo não
possuem propriamente uma vida plena de possibilidades, ou seja,
carecem de forma e de essência, apesar de acharem que às tem. Fazem
isso por que sua existência é um intenso movimento de fluxo e
refluxo, suas almas são infelizes e dolorosamente partidas, são
arredias e insensatas com seu semelhante, causam dores e destruição
emocional ao longo da existência; quando pouco; várias. Alguns
poucos; bem poucos diga-se de passagem; estão propensos a verem um
sentido preciso em meio ao caos, através da visão entre mundos e da
percepção alterada do cotidiano. E há uma certeza estabelecida de
que, independente da desordem, existe um único fluxo impulsionando o
cosmos e é para lá que todos nos dirigimos. Um brinde então ao
novo futuro que se anuncia.
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Onde estarás daqui a 5 meses? E daqui a cinco anos, cinco décadas,
cinco séculos? Só sei que lá estarei, e verei coisas incríveis...
(R. Moran)
* todos os direitos reservados
©
"Minha vida é uma dualidade de sentimentos. Vivo num paradoxo constante. O frio me aquece. O vazio me completa. Danço o choro. Rio as lágrimas."
ResponderExcluirBeijos
Olá,Moran!
ResponderExcluirMeu objetivo é o aprendizado, minha caminhada é para a evolução! Nada fácil...mas todo dia podemos dar mais um passo e sermos um pouco melhores do que fomos ontem...
Lindo seu texto!Profundo e instigante!
beijos!
Muito interessante texto e compartilho a mesma ideia de vida eterna.Eu não creio que estarei no mundo para ver todas essas mudanças,mas minha alma com certeza,estará reencarnada ou não!bjs,
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