terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Para onde caminhamos...


Em quase sua totalidade, a humanidade têm duas almas, dois seres habitando o mesmo espaço interior de uma pessoa, porque assim acreditam. Acreditam terem duas partes contrapostas e muitas vezes hostis: o divino e o diabólico, o sagrado e o profano, o claro e o escuro, o sangue Pater e o sangue Mater, o amor e o ódio, o bem e o mal, o bom e o mau. Este mundo que se vê é o mundo da relatividade, do tempo, das dualidades em caótica mistura. Está longe de ser substancial. Muitos dos próprios conceitos definidos pelos homens são mais abstratos do que o Amor. Se digo “abaixo” ou “acima”, isso já é motivo de reflexão, pois só pode existir tais conceitos no pensamento, na abstração. O mundo verdadeiramente desconhece o que é “abaixo” ou “acima”, posto que está como nave deste imenso Universo, onde não faz nenhum sentido dizer o que está lá em cima ou o que está aqui em baixo para ele. Da mesma forma que o mundo diz que parte dele é dia e a outra metade é noite. Mas o universo desconhece isso, pois sabe que o claro e o escuro são frutos da mesma estrela, da mesma unidade de luz, ora iluminando, ora fazendo sombras.

O Mundo Real é aquele que ultrapassa o tempo, que unifica, é o Absoluto, é Deus, o infinito, o ilimitado, o incondicionado, onde o tudo é nada e o nada... Tudo! Este pobre mundo é o mundo das formas e da multiplicidade, criação ilusória da mente. É o maya dos hindus. Todas as pessoas que habitam este limitado mundo não possuem propriamente uma vida plena de possibilidades, ou seja, carecem de forma e de essência, apesar de acharem que às tem. Fazem isso por que sua existência é um intenso movimento de fluxo e refluxo, suas almas são infelizes e dolorosamente partidas, são arredias e insensatas com seu semelhante, causam dores e destruição emocional ao longo da existência; quando pouco; várias. Alguns poucos; bem poucos diga-se de passagem; estão propensos a verem um sentido preciso em meio ao caos, através da visão entre mundos e da percepção alterada do cotidiano. E há uma certeza estabelecida de que, independente da desordem, existe um único fluxo impulsionando o cosmos e é para lá que todos nos dirigimos. Um brinde então ao novo futuro que se anuncia.

- Onde estarás daqui a 5 meses? E daqui a cinco anos, cinco décadas, cinco séculos? Só sei que lá estarei, e verei coisas incríveis...

(R. Moran)

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3 comentários:

  1. "Minha vida é uma dualidade de sentimentos. Vivo num paradoxo constante. O frio me aquece. O vazio me completa. Danço o choro. Rio as lágrimas."

    Beijos

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  2. Olá,Moran!

    Meu objetivo é o aprendizado, minha caminhada é para a evolução! Nada fácil...mas todo dia podemos dar mais um passo e sermos um pouco melhores do que fomos ontem...
    Lindo seu texto!Profundo e instigante!
    beijos!

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  3. Muito interessante texto e compartilho a mesma ideia de vida eterna.Eu não creio que estarei no mundo para ver todas essas mudanças,mas minha alma com certeza,estará reencarnada ou não!bjs,

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Para mí, solo recorrer los caminõs que tienén corazón...