Na
verdade, só posso tecer considerações sobre a razão, ainda que
tente através da razão me apropriar das coisas do coração. A
única coisa que me leva a tecer considerações é a minha própria
existência. Sobre um amor, sobre relacionamentos, da justaposição
de uma pessoa e outra, sobre os inteiros e não das metades. Não
falo só de mar, de amar, mas de minha vida. Talvez não consigam
compreender, mas não falo de uma pessoa, mas de todos! E do todo...
do que me dá forma, do que sou feito; ondas e espumas; céu noturno
e dor; campos verdes e trilhos de aço; canto geral e estofo de
poemas. Falo da forma, de conteúdo. Falo de inter-relacionamentos,
falo de Deus, do Diabo, do céu e do inferno, do claro e do escuro, o
som e o trovão, do dia, da misteriosa noite que nos aguarda.
Desmistifico a dualidade, desprezo o banal e o cotidiano e busco na
calma de um olhar toda unidade. Eu vejo os olhos com outros mundos.
Eu me
sinto peculiar diante de tantas visões magistrais...
(R. Moran)
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A dualidade da vida nos faz questionar e sentir assim!
ResponderExcluirUm beijo em seu coração Moran!
Verinha
É preciso cada vez mais disso que se chama unidade, ou talvez mesmo, igualdade. O enlace de todos fundidos num só. Em todas as camadas e areas de uma vida ou das vidas. Muito bom estar aqui no teu cantinho. Deus o abençoe, bjos no coração!
ResponderExcluirPeculiar é aquilo que 'identifica' cada um...
ResponderExcluirAcho que para enxergar os lados e avessos,e finalmente não conseguir mais ignora-los é simplesmente sensacional! ´vc enxerga.
Adorei teu texto.Beijos
Um texto muito bom para se ler num ano que começa, numa segunda-feira pedindo descanso de jornada anterior muito longa e exaustiva... um texto coerente, firme, calmo!
ResponderExcluirUm abraço,
Suzana/LILY
P.S.: no conto sobre os 'eus', ficou apenas uma curiosidade, você pouco descreveu a moça de boné e ela pareceu ser uma peça importante no texto. Fiquei pensando, quem seria ela.